Olhe para uma bailarina. Para conquistar tal leveza, precisam de enorme esforço e disciplina. Horas de ensaio, treinando movimentos cuidadosamente planejados para se apresentar com desenvoltura e incrível espontaneidade, resgatando, do fundo da alma, suas próprias emoções a fim de emocionar o público.
Eu quero voltar a ter o equilíbrio perfeito entre a racionalidade consciente dos movimentos do corpo e a abstração confusa dos sentimentos. Assim, expressar dor, alegria, paixão, culpa e ódio, de forma bela e convincente. Assim , eu quero novamente me jogar sem perder o autocontrole. Aliás, as bailarinas são a prova de que só é possível “se jogar” se você tiver conquistado o autocontrole. Parece contraditório, mas não é.
Nostalgia.
Eu preciso voltar as aulas de ballet. Não pela beleza exuberante da dança ou para perder alguns quilinhos. É que eu quero voltar a carregar minhas emoções mais intensas nas pontas dos pés, quase flutuando, sem tocar o chão. Quero mostrar novamente a minha força de forma frágil e doce.
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